sábado, outubro 17, 2015


Tá ruim

Dois anos ali entre o 93, 95, 91... e não baixa disso. Semanas com zero carb e só proteina aí uns litros de sorvete pra compensar. E não há compensação. Não há motivação. Não há estímulo. Às vezes até a cama dói. O travesseiro dói.  Tem uma filha da puta que sempre achou um luxo eu ter empregada doméstica. Ela não sabe que a depressão é por si só solitária e viver sozinha agrava essa condição. Ela sabe sim. Ela não pode admitir que sabe porque senão - em nome da nossa amizade - ela terá que fazer alguma coisa e não vai fazer. Então não faz porque não sabe e fica bem na ignorância dela. E ela não é a única.
Pois agora que não tenho empregada estou pior.
Tenho amigos tão preocupados... tão defensores de amizades verdadeiras...
Nenhum guardou a dor dele no bolso pra ajudar com a minha.  Nenhum. Nenhum veio me tirar dessa merda. Nenhum! Aqui é aquele momento em que a pessoa repete o mantra: "só você pode se ajudar" - ou pior: "Ela não quer ser ajudada." Não... tem um que eu odeio com todas as minhas forças: "Ah... é o momento dela!"
Teve W que telefonou todos os dias, todos os dias, todos os dias, por centenas de dias. Aí parou.  Muitos depositaram dinheiro na minha conta. Dinheiro faz uma falta incrível...falta total... mas aquela história de doar o tempo é verdadeira. Mas muito difícil... A pessoa está sentada de frente para o computador. Está "conectada"  comigo pelo face, pelo wats, nos seguimos no insta, tem meus dois e-mails, lê meus blogs mas... Depois de um mês manda um inbox:  Como você está? Quero saber!
Não... não quer saber. Mas não tem coragem de assumir.
Não admite mas se eu morrer ela se vê livre de um fardo.




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