O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BAIANA DE IMPRENSA o carnaval e eu
Começando o ano agora, voltando de um pequeno e encantador retiro ao lado de dezenas de gordoloucos e me deparo com esse desagradável assunto de violência no carnaval.
Ó! Isso sim, é que é novidade, né não!?!
Lembro de tantos outros carnavais calminhos, calminhos... Qualquer um de nós que teve a oportunidade de ver a Praça Castro Alves de madrugada, na época do “mete o cutuvelo”, de um local um pouco mais alto do que o chão, de banquinho a praticável de imprensa, testemunhou a paz que sempre reinou nas ruas... Quem teve o privilégio único de descer a Avenida Sete em cima do trio do Chiclete, sabe o que é a alegria esfuziante do povo da paz nos becos e nas praças da Avenida quando o Chiclete passa. Vimos - os mais velhos - na Tv - faz temmmmmmmmpo - uma reportagem de Hermano Henning, com imagens de Tucano [o Luiz Demétrio, hoje vivendo na Alemanha] de uma luta na Praça do Povo - tudo feito escondido do Ed. Sulacap. Foram vários e vários "arrastões" feitos pelo mesmo grupo a tarde toda em foliões [na época não devia se chamar "arrastão"...] Um escândalo nacional. Foi a primeira vez que o carnaval da Bahia foi violento... [sic] e pelo jeito, a única...
A Bahia sempre foi tão perfeita, mas tão perfeita, que pra mostrar coisas digamos imperfeitas, o povo da Rede Globo tinha que fazer escondido. E povo da Rede Globo é povo da Rede Globo - não é povo da TV Bahia [se engana quem pensa que ali na Federação alguém faz alguma coisa contra a vontade do "babalaô"]. Foi assim quando Maurício Kubrusly fez a reportagem sobre racismo nos blocos de carnaval em Salvador. O câmera - outro baiano: Gilmário Batista, ou simplesmente "Neguinho Peter" - trouxe microcâmera e tudo pra conseguir gravar [óbvio]. A produção foi feita toda de São Paulo e a reportagem – todinha, todinha - sobre "racismo" dentro dos blocos, foi montada e editada em São Paulo, porque aqui meu nêgo, tem disso não...
O governador pode ficar aborrecido com o jeito Globo de ver o carnaval da Bahia [pode, e deve] mas é uma boa hora de tirar a sujeira que está debaixo dos tapetes. Ninguém agüenta mais coisas cristalizadas como: "2 milhões de pessoas nas ruas" [não tem aritmética que confirme isso ...]; "25 quilômetros de ruas, praças, etc, etc, etc..." [nem contando os metros dos becos]; bloco do primeiro time com "2.500, 3.000 integrantes"... Aonde... [com sotaque do comercial do banco, faz favor]; "nenhuma morte no circuito do Carnaval..." [nem f... quer dizer, nem se Deus fosse baiano...]. Fala sério Samuca: alguém aí acreditava?
Agora me dá licença Samuel, mas ó Governador, tá na hora da Re-contagem. De tudo. De todos. E se o Senhor me permite outra ousadia, sugiro que o Senhor chame mais os dois integrantes do Trio da Folia pra mesma coisa. Peça pra seu amigo, o Governador de Pernambuco e seu outro amigo, o Governador do Rio de Janeiro, fazerem igual. Depois, bom, depois a gente lê, ouve e vê o resultado do trabalho. Só pra fazer você responder: não é uma boa idéia Samuel?
[as respostas do Samuel são bárbaras]
RESP: Boa idéia é. Mas, eles acham que têm melhores. Eu estou com a sua idéia, fechadíssimo. Eu quero os caretas de volta. Quero a mídia correta e os anjos da folia (o trio de governadores) saracoteando no factóide deles, o 222, citado por Wagner: 2 dias aqui, 2 no Rio e 2 em Pernambuco. A Rede Globo cobre 22 e deixa o 2 da Bahia de fora. (SC)
Leia mais Samuel Celestino AQUI
2 Comentários:
Opa! Temos aqui um valioso registro. Muito bom, genial. Prefiro, inclusive, a sua memória às respostas do colunista.
E o bendito 222 citado por Wagner a gente não pode deixar de ver: http://www.youtube.com/watch?v=JFoF4ZcM3jw
Como é difícil pra eu entender essa coisa toda, não sendo eu uma baianinha, infelizmente (queria ser e logo uma bem negona...). Lá vou eu pro espaço do Celestino (que tb é o sobrenome do meu pai) tentar entender a história toda...rs Boa Zipada como sou, não consigo deixar por estar. E a cabecinha fervilhante, como fica? rs
Beijos, linda!
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