quinta-feira, novembro 16, 2006


GORDOeMAGRO

A obesidade hoje é uma epidemia. Para a ciência. Para a sociedade consumista é coisa de gente grossa e mal educada - pra dizer o mínimo [não vou fazer uma tese - ainda não]. A anorexia foi considerada doença faz pouco mais de dez anos. Em 1994. Para a mesma sociedade consumista é quase quase necessária - pelo menos para a mulher. Mulher tem que ser magérrima pra começar a ter alguma chance de ser feliz [tema para outra tese]. Se quiser ser famosa, vai logo aprender que as fotos, os vídeos, engordam de 8 a 10 quilos. Eu tenho 1,67. Prá ser modelo com essa altura só fotográfico. Jamais de passarela. E teria que pesar alguma coisa entre 47 a 49 quilos no máximo. Penso. Minhas coxas seriam o que meus braços são. Minha cintura...? Minha bunda e meus peitos ... ah! tem silicone pra isso! E meu rosto ... minhas bochechas? Silicone tb ou algo similar.
E se eu não estou no padrão que me ditam ser o ideal, fazer o quê se não morrer? Viver numa tribo. Outra tribo. Ou ser Carlinhos Brown que me disse uma vez: "Pedra, preconceito e paralelepípedo eu passo por cima". Ele é um. Outros conseguem também. Poucos.
Aqui, eu, Carminha, gordalouca, nordestina, profissão não definida, blogueira relapsa, sofro preconceito. Lá fora, eu, que não sou Carminha, nem nordestina, profissão definida, cuidadosa e atenta, também sofro preconceito. E às vezes me percebo sendo preconceituosa. Frase feita: "É essa sociedade que privilegia o ter ao ser".
Tive um diretor maravilhoso que dizia: "Você é o que parece".
Não meu querido. Não sou. .
.
Caricatura de Max Ziemer - Rio Grande do Sul





1 Comentários:

Blogger Nina disse...

Obesidade é epidemia.
Anorexia já é quase epidemia.
Queria que a gente fosse menos epidêmico, menos doente(de corpo e de alma) pra que conseguíssemos enxergar que por trás da gordura ou da magreza há apenas o ser humano...
Com todas as suas qualidades, fraquezas, limitações, maravilhas...
Eu queria deixar de ser vista(pelos outros e por mim mesma) como a obesa e começar a ser vista como o ser humano Marina. E só!

17 novembro, 2006 12:41  

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