JULHO 2004
Quinta-feira, Julho 29, 2004OI, Resolvi plagiar meu amigo Ari (Ari Coelho) e vou mandar notícias em bloco. Assim, seguem as novidades das ultimas semanas ¿ noticiadas no meu recém criado jornal virtual, MACUXI POST O mês de junho passei no Templo Budista de Três Coroas ¿ no Rio Grande do Sul./Fui pra ficar dez dias e acabei ficando um mês. Mês delicioso. Trabalho, meditação, mantras, amigos novos, amigos antigos, conceitos esquecidos ... Grandes mestres dispostos a dar ensinamentos. Mas, meus credores cármicos continuam atentos e é preciso entrar dinheiro na minha vida. Muito, e rápido. Os amigos ¿ mais atentos do que os credores - (e inclui-se aí o próprio inspirador do Macuxi Post ¿ o Ari) rolavam pelo Brasil em busca de uma campanha política ... e... acharam ... Rose Vitaly me trouxe pra cá. Cá é Boa Vista. A capital de Roraima. Roraima é aquele estado que ficou conhecido no mundo inteiro por causa do Sting, que se apaixonou pelos índios. Depois vieram os Ianomâmis, e mais recentemente, e até agora, são os índios moradores da Reserva da Raposa do Sol que dão a tal da ¿visibilidade¿ para esse pedaço de Brasil. Ainda não vi nenhum índio vestido a caráter pelas ruas da macuxilândia, (como diz a colunista social do jornal FOLHA, a Suely Rodrigues, ando um certo toque de ... Disneylândia ao local...) mas eles estão por todo lado. Se parecem um pouco com os tibetanos, com aqueles olhinhos puxados e os cabelos muito lisos. E são baixos. E não são queridos. São considerados espertos, (no sentido Gerson de esperto) e agora, mais ainda. Os que vivem nas reservas têm carro importado e tudo o mais a que têm direito. (não vi) As ONGS internacionais existem por aqui aos montes ¿ o que faz com a cidade seja cheia de gringos. Segundo dizem, são as ONGS ¿ que agora estão tendo que deixar as reservas ¿ que mandam em tudo. Se você parar o carro na estrada que vai para Manaus, por exemplo, logo chega um gringo dando ordens para o carro seguir viagem. Nada de fotos nem de filmes. Então (como diz sempre minha companheira de trabalho a Cássia) ninguém sabe dizer exatamente o que existe dentro das reservas indígenas. Ca-la-ro que eu não quero ir embora daqui ser visitar os Ianomâmis. Tarefa difícil. Só se vai de avião da FAB com autorização e acompanhamento do exercito ou da FUNAI. Mas ... vou tentar .... Já comprei duas pulseirinhas indígenas (não iguais as que a Wanda me traz de Manaus ¿ embora a tribo Waimiri Atroari tenha uma pequena ¿vila¿ na estrada que vai daqui a Manaus...) São quase iguais a umas que a Rose Vitaly mesmo já me deu em outros tempos, mas são maravilhosas. Já vi colares feitos de semente de açaí, que vão se transformar em belos malas para a lojinha do Norbu Ling (o nosso centro de práticas budistas aí de Salvador) E já comi montes de tapioca. Tanto que já estou de regime e até emagreci ... creiam! (vocês não vão notar porque eu tinha engordado lá no Rio Grande do Sul...) Boa Vista é uma cidade que foi planejada por um arquiteto francês. Por favor não se remexam na cadeira ... não xinguem ... não bufem ... sequer resfoleguem ... mas Boa Vista tem aquela forma arquitetônica de ... de.... de ... Paris! EU JURO! Sabem aquelas doze avenidas que saem do Arco do Triunfo? Pois é ... Aqui são treze avenidas que saem de uma coisa que o povo chama de ¿bola¿ onde fica o Palácio do Governo. A cidade é toda planejada. As quadras tem o mesmo tamanha e até lá nos cafundós do Judas, as quadras são numeradas em série como em Brasília ... Então, você vai parar no bairro Pintolândia (sim! Aqui tem um bairro IMENSO chamado Pintolândia) e precisa encontrar a N23. Já sabe o que fazer quando chega na A1 ... vai seguindo ... vai seguindo ... e se você souber o nosso alfabeto chega lá. (às vezes o LÀ está meio submerso numa lagoa não aterrada ... mas ...) O calor ... bom ... o calor é tanto, e tão forte, que determina a vida social / ativa da cidade. De dia, parece cidade fantasma. Não se vê ninguém na rua ... nem um pé de pessoa ... Só no centro da cidade. Mesmo assim, do meio dia até mais ou menos quatro da tarde, nada acontece. Restaurantes chegam a fechar depois do almoço. No domingo, a gente saiu pra tomar um café da manhã na rua. Rose, Cássia e eu. Depois de irmos a umas três padarias ¿ que estavam fechadas ¿ conseguimos tomar um café e resolvemos voltar para a casa onde estamos (este será o tema da próxima edição do Macuxi News) a pé. Caminhamos 40 minutos por avenidas, pequenas ruas, outras avenidas, e a cidade ... absolutamente deserta. Dá um medo estranho ... novo pra gente. Por outro lado ... O povo daqui adora um exercício físico e é um tal de malhar e malhar e malhar ... Gente a bessa, todo mundo inteiraço! No começo da noite a gente vê uma quantidade enorme de homens correndo, garotas de patins, grupos de mulheres no Cooper ... Super bonito! Bom, cheguei aqui na segunda hora do dia 15. Mas estava errado. Tem fuso horário. (eu disse fuso horário e não horário de verão...) então, era a primeira hora do dia 19 de julho. Hoje é dia 27. Já vi foi coisa ... Até o Rio Branco já vi! E rio, pra gente que vive de frente para o Oceano Atlântico, é de uma beleza doce. Delicada. Sábado, com a imensa Lua Cheia que vai estar no céu, prometo erguer um brinde especial prá cada um de vocês. Bejojojojojojojojo enorme, Ed.Executiva - Macuxi: 1. denominação dada a quem nasce no interior de Roraima. 2. peixe delicioso. - A campanha? Vai bem! Brigada! Carminha Comments:
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